Esta semana indicamos um documentário sobre o ganhador do Pritzker 1989, Frank Gehry. Uma série de entrevistas que abordam a visão da arquitetura e o enfoque particular deste renomado arquiteto, que criou diversos dos edifícios mais emblemáticos construídos na última década.
FICHA TÉCNICA:
Título Original: Esboços de Frank Gehry
Ano: 2005
Duração: 83 min.
Origem: Alemanha, EUA
Diretor: Sydney Pollack
Roteiro: Sydney Pollack
Trilha Sonora: Claes Nystrom, Jonas Sorman
Elenco: Frank Gehry, Dennis Hopper, Philip Johnson, Edward Ruscha
Frank Gehry gosta de fazer croquis, e assim começou seu trabalho como arquiteto. Esta paixão pelo desenho guiou o diretor Sydney Pollack na escolha do estilo adotado para realizar seu documentário.O diretor utilizou como ponto de partida os croquis originais que Gehry fez para cada um dos seus grandes projetos, o documentário explora a metodologia processualdo arquiteto para transformar o abstrato em matéria tangível, uma maquete tridimensional construída normalmente com papel e durex, antes de ser convertido em edifícios de titânio e vidro de concreto, aço e pedra.
Para captar o aspecto “esboçado” do documentário, Pollack utilizou dois métodos: filme e Mini DV (vídeo digital). Graças a esta abordagem discreta e as muitas horas que passou na casa de Gehry, em seu escritório da arquitetura e nos seus edifícios, o diretor conseguiu desvendar um pouco a essência do singular trabalho arquitetônico e a personalidade tímida e misteriosa de Frank Gehry.
Em contraponto ao aspecto deliberadamente informal delineado, durante as filmagens em vídeo, Sydney Pollack se utiliza de grande sensibilidade para captar para o cinema a grandeza das obras de Frank Gehry, desde seu primeiro projeto, um celeiro na Califórnia até as construções que estão entre as mais impressionantes da era moderna, como o Museu Guggenheim de Bilbao e do Walt Disney Concert Hall em Los Angeles.
O diálogo entre Pollack e Gehry é íntimo, como se espera de uma amizade tão longa. O núcleo do documentário é baseado no caráter discreto e informal das conversas entre os dois e os demais participantes. O filme não é sobre a teoria da arquitetura em vias de desaparecimento. Ao contrário, o cineasta revela a teoria da arquitetura, abrindo novas perspectivas sobre a vida do extraordinário arquiteto e seu processo criativo.